Noturno
É noite
simplesmente:
Um
carvão rabisca o ar.
E
amarga à chance
De ver
a lua cheia
Sugar a
essência
De um
poeta admirado
Pela
musa negra.
O ser
abismado
Ser
noturno
Come
com os olhos
De um
sonhador
A
negritude da poesia.
Se o
poeta é parte
Integral
do todo
Partícula
de uma estrela
O que
pisca no infinito
É a
alma de um poeta
Que
virou luz.
Ivo Pereira
Do livro rabiscos marginais (1974/1984, Ituiutaba/MG), no prelo.
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