sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Noturno




É noite simplesmente:
Um carvão rabisca o ar.
E amarga à chance
De ver a lua cheia
Sugar a essência
De um poeta admirado
Pela musa negra.
O ser abismado
Ser noturno
Come com os olhos
De um sonhador
A negritude da poesia.
Se o poeta é parte
Integral do todo
Partícula de uma estrela
O que pisca no infinito
É a alma de um poeta
Que virou luz.


Ivo Pereira
Do livro rabiscos marginais (1974/1984, Ituiutaba/MG), no prelo.



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